Um dia ELE resolveu unir a gente mais uma vez. E aconteceu. De uma balada, um Moreco "trêbado", uma pilastra no antigo Azulejaria, e um lindo sorriso... pimba... a Moreco caiu nos braços dele, e na boca, porque o Moreco ficou pendurado na boca da Moreco a noite inteira e não nos largamos mais, nunca mais. Foi assim...
Naquele dia ela acordou cedo, mais que o de costume. Deu um beijo nele e saiu bem de mansinho do quarto para não acordá-lo. Era um dos dias mais importantes da vida dela. Depois de dois anos de namoro e oito meses morando juntos, finalmente eles iriam se casar. Já estava tudo pronto: festa, convidados, papéis do casamento civil, passagens compradas... Mas ela ainda não estava certa quanto a uma única coisa - o vestido de noiva. Foram meses de procura pelo modelo ideal e de muitas dúvidas. Para ela, aquele vestido era mais que uma roupa. Mas dentro dela alguma coisa dizia que faltava algo, um sei lá o que de não palpável. Na noite anterior, ele tinha preparado uma surpresa para ela. Trouxe lindas rosas amarelas e falou bem baixinho no ouvido dela o quanto a amava e o quanto o fazia feliz. Ela, como sempre, abriu aquele largo sorriso e apertou-o contra o peito como se quisesse vesti-lo. Tiveram uma linda noite de amor. Suave, doce, intensa e flutuante. Quando na manhã seguinte saiu do quarto e passou pela sala, esbarrou no vaso de rosas amarelas e arranhou-se nos espinhos da flor. Aquele sangue foi como um clarão na sua mente. Lembrou-se da reação que o toque dele causava em seu corpo. Da sensação do tudo, do muito, num breve esbarrar. E entendeu o que faltava, o que queria. Não era o modelo do vestido, nem a cor, era o impacto desse vestido em seu corpo. Ela queria vestir a alma, não o físico. Queria tê-lo como sua segunda pele naquele dia. Queria entrar nele e sentir as mesmas sensações que ele sentia. Queria sorrir o sorriso dele. Queria cada pedacinho do seu amado sussurrando: "Eu não quero sair daqui. Não quero sair do seu corpo." Então ela descobriu o que queria. Era vestir-se do "Amor das suas vidas" e nunca mais trocar de roupa. clique aqui para ler este texto no Blog da Cris - Vivendo e Aprendendo